sexta-feira, 17 de junho de 2011

Soraia e o Érico, numa floresta encantada


Há muitos, muitos anos atrás, no tempo dos contos de fadas, dois meninos, a Soraia e o Érico, viviam numa floresta encantada.
A floresta tinha árvores muito altas e antigas e mesmo no seu centro havia um lago mágico, rodeado de flores coloridas. Perto dos rochedos existia uma pequena aldeia chamada: “A Aldeia dos Cogumelos”. Junto da aldeia tinha sido construído um parque infantil e uma fábrica de chocolates. No monte mais alto avistava-se um castelo coberto de paranhos.

Numa linda tarde de Primavera, a Soraia e o Érico decidiram brincar no parque. A Soraia era uma menina meiga, com pernas de girafa, loira, de olhos verdes e nariguda como o Pinóquio. O Érico era um rapazito trapalhão, loiro, alto, bonito e de olhos azuis como o céu.

Naquela tarde tudo corria mal porque o material do parque estava estranho…
A Soraia disse ai Érico:

- Que se passa com este parque? O escorrega está coberto de manteiga!

O Érico retorquiu:

- O baloiço acaba de rebentar!

Foi então que a Soraia lembrou-se de ir visitar a fábrica dos chocolates. Quando chegaram lá encontraram uma bruxa com um aspecto muito má. Ela tinha o cabelo preto, os olhos castanhos, unhas pretas, lábios púrpura, usava um vestido preto, uma vassoura mecânica e uma varinha de condão a pilhas. Era uma bruxa vaidosa, egoísta, maldosa, orgulhosa e tinha um coração gelado.

Os meninos ficaram espantados quando repararam que ela estava a sabotar os chocolates com a ajuda da sua amiga aranha venenosa, uma criatura horrível que usava uns óculos enormes. O Érico gritou:

- Soraia! Vou já desligar as máquinas!!!

A Soraia acrescentou:

- E eu vou avisar o presidente da fábrica, o Sr. Ludgero.

Entretanto, a bruxa fugiu na sua vassoura mecânica.

Os meninos foram para casa e contaram aos seus pais o que lhes tinha acontecido.
No outro dia, ao acordarem verificaram que tinham o rosto verde, os cabelos azuis e as orelhas enormes. A Soraia começou logo a chorar e disse:

- Ai meu Deus!!! Estou tão feia!!! Que será de mim?

O Érico acalmou a sua irmã dizendo:

- Calma rapariga! Aposto que isto foi mais uma das partidas da bruxa má!!! Ouvi dizer que vivia no lago da floresta uma fada cor-de-rosa. Vamos pedir ajuda a ela?!

A Soraia concordou e os dois partiram em viagem. Apoós uma longa caminhada, chegaram ao lago onde vivia a fada. Ela estava vestida de cor-de-rosa e os seus olhos brilhavam muito. Era uma fada bondosa que vivia com um duende trabalhador, pequeno e orelhudo, chamado: “O Orelhas”.

O Érico e a Soraia, muito nervosos, disseram:

- Fada Cor-de-Rosa ajuda-nos! A bruxa má está sempre a fazer-nos partidas.

A Fada Cor-de-Rosa exclamou:

- Está na hora de pregarmos uma partida a essa bruxa malvada!
Vou ao castelo dessa bruxa roubar a bateria da vassoura mecânica e as pilhas da varinha de condão.
Efectivamente, a fada cumpriu as suas palavras e ao anoitecer já a bruxa má estava com problemas na vassoura mecânica e na varinha de condão.

Desde aquele dia, a bruxa começou a viver como todos os humanos, sem bruxarias.
Ao acordar dizia:

- Ai! Que dores de pernas! Já não consigo andar. Tenho os braços todos doridos de tanto trabalhar. Que difícil é a vida dos humanos.

Na verdade, após esta experiência, a bruxa má começou a dar valor à vida dos habitantes da floresta e até ajudava as pessoas idosas.

A Fada Cor-de-Rosa, ao ver como ela tinha mudado, devolveu-lhe a bateria da vassoura mecânica e as pilhas da varinha de condão.

A Fada Cor-de-Rosa, o seu duende, a bruxa e a sua companheira, que agora eram boas, formaram uma equipa de boas acções.

A Soraia e o Érico, já com o seu aspecto físico normalizado, viveram felizes para sempre naquela floresta encantada.

Recolha de Adolfo,  7ºA

Sem comentários:

Enviar um comentário